terça-feira, 11 de abril de 2017

A Lenda da lagoa dos barros





Ano de 1940, a segunda guerra mundial já havia começado, nazismo, crueldade reinavam nessa época mas não somente no continente europeu como também no Brasil. 
Heinz Werner um jovem de origem alemã cheio de vida e como todo o jovem aficionado por esportes de velocidade era integrante de um grupo de motociclistas denominados com Mickeys, Heinz se envolveu em um acidente causando a morte de uma criança onde saiu impune. Provavelmente Heinz se achava intocável e que poderia tudo, isso então trouxe um final trágico... 

Heinz foi namorado Maria Luiza  durante três anos, Maria também de origem alemã era uma moça bonita com cabelos channel acastanhados.  
Podemos dizer que Heinz era muito ciumento, o que ocasionavam brigas entre eles, até que no incio de agosto Maria decidiu romper com Heinz, foi então que chegou o dia 17 de agosto de 1940  

Festa tradicional germânica acontecia em porto alegre, Heinz e  Mount Serrat. 
É nesse momento que temos duas versões: 
Heinz havia descoberto que Maria o traiu, e para ele isso era inadmissível então naquela tarde Heinz já tinha tudo planejado: 
"Hoje eu vou colocar um fim nisso" pensará Heinz 
Heinz ao chegar na festa convence Maria a saírem para conversar, foi então que ele a levou para Mount Serrat, e ao chegar lá começou a discussão até que Heinz dispara contra ela. 
Após mata-lá amarra tijolos ao seu corpo, e o colocou no porta malas.Já havia decidido a forma de como iria esconde-lo.  

Heinz então dirige seu Ford Deluxe por aproximadamente 80 km, pensado talvez que cometeu um erro mas agora já era tarde de mais e não existia uma forma de mudar o que acabou de acontecer.  
Chegando então na lagoa do barro que fica na cidade de Osório, Heinz retira o corpo de sua ex e leva até uma canoa de pesca, então entra lagoa a dentro. 
Heinz se despede de sua amada, soltando o seu corpo já lido na água, ele a observa afundar e sumir 

"- Está na hora de deixa-la." - Pensa Heinz 
Voltando para Porto Alegre, Heinz atira em seu próprio corpo para tentar convencer que era a vítima da história. As famílias dos jovens já teriam informado as autoridades do desaparecimento deles, na manhã seguinte a polícia o encontra no hospital e logo após começam uma investigação. 
Heinz é interrogado ainda no hospital, pois  Maria não fora encontrada, e diz: 
" - Não atirei, já estávamos no carro e Maria pegou o revolver do porta-luvas e disparou contra mim, depois só ouvi outro tiro e desmaiei. Quando acordei ela estava morta. Fiquei desesperado, perdi a noção de tudo e me veio a ideia de esconder o corpo. Eu não sabia o que estava fazendo... Havia algumas cordas no porta-malas. Decidi amarrar o corpo em algumas pedras e colocar na lagoa" 

Com a investigação pesada da policia foi descoberto onde possivelmente o corpo de Maria estava escondido, provavelmente Heinz falara. 

A segunda versão seria a que Heinz havia dito aos policias: 
Heinz teria tentado manter relações sexuais com Maria, porém contra sua vontade então num ato de desespero, Maria pegou o revolver que estava no porta-luvas e disparou contra ele e fugiu. Heinz num ato de fúria pega o revolver e a mata. 

Heinz foi acusado de rapto, estupro e homicídio. Seus advogados conseguiram absolvê-lo de todas as acusações, exceto HOMICÍDIO, crime pelo qual foi condenado a dez anos de prisão, mais tarde prolongada a pena para doze anos, mas estamos no Brasil ele cumprium somente a primeira metade de sua pena e foi liberado. 
Heinz se mudou com sua família para o Rio de Janeiro onde tiveram um negócio próprio de “fabricação e exploração comercial de desincrustantes para caldeiras e máquinas a vapor". 
Heinz morreu na década de 80, aos 60 anos de idade. Ele nunca mais teve interesse por outras mulheres. 
Seria Maria o único amor de sua vida? talvez Heinz nunca se perdoara do que teria feito, não temos certeza, mas qual outro motivo o levaria a não se apaixonar novamente? 

“Não era possível contemplar aquela figurinha linda de mulher, com a face serena e os braços apertados num abraço amplo e gélido, sem sofrer a mais dolorosa impressão de dor, participando intensamente do drama terrível que a infeliz terá representado nos últimos instantes de vida”. 
(Diário de Notícias – 22 de agosto de 1940) 




O que acham de criarmos podcasts sobre esses fatos? Comentem!

PS: Sei que o blog está abandonado, mas se tiver algum retorno sobre este caso irei atualiza-lo e melhorar sua aparência!

Abraços!

Nenhum comentário:

Postar um comentário